A Salpiquete voltou à Assembleia Geral no passado dia 18 de Novembro. Foi no espaço do Centro de Estar de Arrouquelas e contou, como sempre, com a aderência dos associado(a)s mais interessados. Uma sessão animada, onde nem a letra pequena (dos documentos) foi motivo para a discórdia.
Da ordem de trabalhos, dois pontos relevantes (Plano de atividades e eleição dos novos corpos gerentes para os próximos três anos) e um pré-teste para recolher dados que apoiem (ou não) as estratégias que se seguem.
De acordo com os estatutos, e terminados os dois primeiros mandatos, justificar-se-ia uma renovação mais evidentes nos nomes propostos, refrescando mentalidades e práticas que com alguma frequência se acomodam e aconchegam no conforto da compreensão e da justificação politica dos atos e da economia dos esforços. Em abono da verdade, seria reconfortante assistir ao debate em torno de novas estratégias, novos interesses, inclusivamente de novos grupos com interesse no percurso futuro da associação e dos seus fins, mas ainda não foi desta. Talvez (esperemos!) isso aconteça lá para 2015 ...
Não é novidade que os tempos rivalizam com as intenções, sendo difícil e indesejável a sua coexistência e incompreensível a sua permanência, sobretudo se tivermos em conta que os atuais modelos de desenvolvimento económico não reconhecem legitimidade à estes conceitos (permanência, estabilidade, coerência, …).
Também não se afirmam como surpresas imediatas as dificuldades criadas pelos modos de funcionamento que os próprios cidadãos vão forjando, sendo óbvia a crescente complexidade social e a inerente intensidade de regulações e regimentos que operam na área da solidariedade e da segurança social. O mundo que vamos construindo não faz justiça ao que estaria inscrito nas melhores perspetivas, a exemplo do que nos sucede enquanto entidade vocacionada para o apoio social e comunitário. É uma evidência que nos ultrapassa.
Muito do que temos, e somos, oscila(rá) decerto entre dificuldades e oportunidades pontuais, problemas e desafios que se negoceiam, entre detalhes e pormenores de circunstância.
O debate em torno das perspetivas de futuro da Salpiquete vai-se assim alimentando deste tipo de questões, e o facto de estarmos num segundo período de transição levou a que se tivesse optado pela permanência dos elementos afetos aos anteriores corpos gerentes, na esperança de que assim se consigam encontrar novas soluções para o futuro da Salpiquete, sem pôr em causa o seu funcionamento atual.
Parte-se, deste modo, do pressuposto de que o triénio 2013-2015 servirá para assegurar a transição pacífica dos destinos da associação, de modo a reforçar o seu estatuto e fins junto da população local, condições que em nosso entender mantêm total justificação e coerência face à nossa realidade quotidiana (crise económica, politica e financeira generalizada).
É deste modo, e apenas perante a ausência de alternativas, que se recompõe e reforça o elenco responsável pelos destinos da associação ao longo dos dois mandatos anteriores, fortalecidos pela entrada de novos elementos, pela aquisição de uma viatura e pela possibilidade de alocação num espaço com condições substancialmente diferentes (edifício da Escola Primária) e com uma evidente nova centralidade, que aumenta as suas responsabilidades sociais.
Propõe-se, indiretamente, um regresso à originalidade inicial, agora possível pelo facto de se transportarem todos os elementos, materiais e recursos, para uma nova realidade, que se espera consiga mobilizar de novo os sócios e amigos da Salpiquete, através de um plano de trabalho que, embora não surpreendendo pelas iniciativas (parte delas já nos acompanham com frequência), pretende lançar novas energias sobre o nosso objetivo comum: prestar à população um serviço de qualidade na área social, que favoreça propostas de envelhecimento ativo. Mãos à obra!
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Pode consultar o Plano de Atividades aqui
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