Festejar dois anos sabe a pouco!? Não! Dá é (muito) trabalho e pré-Ocupações. Mas no final acaba por bater tudo certinho, ou não fossemos nós matéria da massa com que nos vão formando ... é que nós esperamos sempre pelo alvoroço e pelo alvorocer das novas imagens, colocadas por sabe-se lá quem (gostaríamos nós que fossem outras a pôr a mão nesta massa!) e gostamos de sentir o caminho nos pés e as rédeas nas mãos. hábitos antigos!
O programa de comemorações decorreu como previsto, ou quase. Não há plano que não o seja se não se desligar um pouco da realidade a que se dirige.
Começou-se pelos trabalhos necessários, apoiados e suportados com estoicismo. A montagem do espectáculo levou a que se tivessem que percorrer quartéis e corporãções, grupos e comitivas, para terminar numa oferta de ocasião, aproveitada com oportunidade. Tal como na vida real! procura-se no mundo inteiro o que se encontra na casa do vizinho ...
Falamos (obviamente) da tenda que acolheu a segunda edição da Feira do Livro, que continua a ser mais exposição que feira. mas enfim ... será certame para se cumprir mais tarde!
Quando é o aparelho digestivo que dita as regras, jamais será a leitura complemento natural de tão evidente necessidade. Ó repasto dos Deuses! Ó singela natureza das coisas ... quão grande é a genuina capacidade de nos surpreendermos com a nossa própria luz, ainda que mero luscofusco.
O aniversário foi cuidadosamente planeado e cumprido à risca, não fosse o diabito tecê-las, como já é seu hábito! e nós sabemos como o pessoal se habitua facilmente.
Pois bem, as negociações para o espaço e o tempo dos palco foram-se sucedendo rumo ao sucesso final: quem diria que o espectáculo seria assim. Tão ajustadinho. Progressos claros nesta matéria, diríamos nós mais tarde.
O Grupo de Cavaquinho da Sociedade Filarmónica Cartaxense deu um espectáculo sóbrio e competente. Boas vozes, bom enquadramento. Harmonias e harpejos dignos de uma verdadeira orquestra. A maestria não deixou créditos por mãos alheias, apesar das chuvas e das outras aguadas menos evidentes.
Parabéns aos convidados. Honraram a iniciativa e coloriram a noite dos que lá estavam para "ouver". Uma proposta que poeríamos repetir, lá mais para a frente, quando outros tempos se fizerem.
O alinhamento foi respeitado, a apresentação esteve "on": no timbre, no tom e no tempo. Irrepreensível. Profissional. Bem.
O alinhamento brilhou num recinto iluminado pelas estrelas (as lâmpadas são sempre um problema!!), o que permitiu que até o senhor maestro tivesse saltado do palanque. Um brinde ao canto popular, com distinção.
Os receios de uma infância que se vai construíndo (afinal sempre são dois aninhos!), associada a uma vontade que oscila entre o desejo desenfreado e o freio mal amado, dura realidade que persiste (naturalmente!), construiram o cenário para o mix com que se terminou a noite.
Um jantar na companhia dos cavaquinhos e das violas, temperado com Chouriço, Chanfana e Frango à Moda do Bogalho, regado com maestria pelo bom vinho e a fresca mini.
A sobremesa compôs o que eventualmente faltaria numa soirée que fechou um ciclo de memórias frágeis. Dois anos cantados e tocados ao sabor das ondas, ao ritmo do vento e das dissonâncias, muito mais que das harmonias.
A noite terminou com a entrega de um ex-libris (bico da descamisa) aos elementos do Grupo de Cavaquinhos, por entre tachos e panelas, que tão cedo não irão compôr tomos ou áreas de discórdia. Sejamos assim: genuinos ... q.b. ... & que venha o terceiro!
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